Funcionária de supermercado é alvo de racismo em Itupeva

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, a munícipe Eliana Damascena contou que ao ser atendida em um supermercado em Itupeva descobriu que a funcionária que a atendia havia, no dia anterior, sofrido ofensas racistas de outra cliente.

Segundo Eliana, a vítima a atendeu quando ela estava comprando pão, como não tinha pão na prateleira a funcionária foi até a cozinha, na volta, a Eliana percebeu que mulher estava tensa e durante a conversa revelou que havia sofrido insultos racistas de outra cliente, que estava próxima de Eliana. As ofensas haviam sido proferidas no dia anterior.

"Graças a Deus que aquela senhora não voltou enquanto eu fui à cozinha” disse a funcionária, que ao ser questionada respondeu: “ontem ela me chamou de preta inútil. E hoje eu estou tão abalada, chorei tanto, minha pressão até subiu, graças a Deus que você perguntou do pão e aí eu fui lá dentro ver, porque não estou com o psicológico para ser ofendida hoje”

Eliana questionou o porquê não levou as ofensas aos superiores e a vítima disse temer perder o emprego. Outra funcionária do supermercado relatou a munícipe que a mulher responsável pelas ofensas racistas vai todo dia ao comércio e humilha algum trabalhador.

RACISMO: O racismo no Brasil é crime inafiançável e imprescritível segundo a Constituição. Quem comete o ato racista pode ser condenado mesmo anos após o crime. Em 2023, foi sancionada a Lei 14.532, que incluiu injúria racial na Lei de Crimes Raciais e traz punição mais severa a quem tenta discriminar negros.