Não abrir uma sindicância é prevaricação?

Autoridades da prefeitura, quietinhas, não abriram uma sindicância para apurar os fatos

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Cargo de confiança suspeito de furto de pneus teria ficado calado na polícia
Sistema de monitoramento flagra possível furto de pneus Foto: reprodução

Cargo de confiança suspeito de furto de pneus teria ficado calado na polícia

Mais de mês em que cerca de 130 pneus foram furtados da garagem da prefeitura e as autoridades da prefeitura, quietinhas, não abriram uma sindicância para apurar os fatos e a Câmara, até então, em silêncio.

Depois do caso vir à tona por denúncias feitas por servidores de carreira, investigações foram iniciadas, o que resultou num inquérito policial em que suspeitos e testemunhas estão sendo ouvidos. O homem que seria o receptador dos pneus furtados, em oitiva à polícia, teria dito ter comprado os pneus de um funcionário da prefeitura, já o funcionário de confiança, principal suspeito, interrogado, teria escolhido ficar calado diante da autoridade policial.

Segundo relatam vários servidores, após a posse do prefeito Rogério Cavalin, Aparecido Donizete Cardoso, principal suspeito, indicado ao cargo de assessor de divisão, teria tomado conta, literalmente, da garagem da Infraestrutura, principalmente da parte da oficina. Teria tomado as chaves dos funcionários antigos, exigido que saíssem até as 17H00 e retirado o guarda do local. “Sem segurança nenhuma, ficou fácil para ele fazer o que tivesse vontade lá dentro”, afirmou uma das fontes.

Segundo denúncias, imagens do muro virtual da cidade e apurações, pneus retirados da garagem teriam saído da garagem da Infraestrutura de Itupeva para Cajamar. Além disso, Donizete desviaria óleo diesel, peças de motores e ferramentas, como disse uma das testemunhas: “quando algum veículo da frota passava por revisão e precisava de peças de manutenção, ele ia até o seu próprio carro e tirava peças que pertenciam à secretaria.”

Apesar do medo de perseguição e retaliação, servidores de carreira foram decisivos para que o caso chegasse as autoridades policiais. Foram eles que denunciaram anonimamente e, muitos, corajosamente afirmam que, se convocados pela polícia, vão contar toda a verdade. E se retaliados, vão para as redes socias.

Redação 03 de Julho de 2024