Géssica Rinaldi se prepara para buscar ouro no Mundial
Referência de Itupeva e região no jiu-jitsu, Géssica Rinaldi, de 34 anos, se prepara para ir em busca de mais uma grande marca. Atual bi vice-campeã mundial (2022 e 2024), a atleta itupevense tem mais um grande desafio, o de representar o Brasil no mundial da modalidade, que acontecerá em Las Vegas no dia 29 deste mês.
A vaga foi conquistada após Géssica ficar com o ouro, no Campeonato Internacional Máster, no fim de julho, e fazer o índice necessário no ranking da federação.
“Tinha quatro competidoras. Fiz duas lutas e venci ambas por pontos. Sendo bicampeã no maior campeonato de Master da Federação Brasileira de Jiu-Jitsu, um título expressivo pela grandiosidade do campeonato, quanto pela pontuação que conta para o ranking mundial, o que foi importante para eu estar classificada para o mundial em Las Vegas”, desse a itupevense em entrevista ao Jornal de Jundiaí. Ela falou que tem “muito orgulho de ter sido a única representante de minha categoria de nossa região e do estado de São Paulo, representando as nossas crianças, nossas mulheres e os amantes do jiu-jitsu.”
Agora Géssica se prepara para um reencontro, já que em Las Vegas, em 2022, ela conquistou o seu primeiro grande resultado nos mundiais, sendo vice-campeã. A itupevense agora trabalha para conquistar um resultado ainda maior: “Pretendo trazer essa medalha de ouro para o Brasil. A preparação é intensa, contínua e cercada por uma equipe multiprofissional de excelência e grandes empresas privadas da nossa região. Eles são meu alicerce em toda minha jornada esportiva.”
A luta para ser reconhecida
Apesar de levar o nome de Itupeva e de toda a Região Metropolitana de Jundiaí (RMJ), para o mundo, Géssica não recebe o de devido conhecimento dos poderes executivos de Jundiaí, onde ela atua como professora.
“Uma das maiores dificuldades das competições é me organizar com horários e dias de treino antes de competir. Infelizmente, a Prefeitura de Jundiaí não me libera para participar de nenhum dos campeonatos, descontando o salário e as faltas, não reconhecendo meu esporte e minha representatividade internacional. Isso prejudica minha preparação, porque acabo chegando em cima da hora para lutar, às vezes no mesmo dia da competição, dificultando não só a parte física, mas também a psicológica necessária para as lutas”, relatou a lutadora.
Em nota encaminhada ao Jornal de Jundiaí, a prefeitura de Jundiaí disse que as razões apresentadas pela servidora não se enquadram nas condições de afastamentos previstas aos servidores pelo Estatuto Funcional (Lei Complementar nº 499/2010), que rege a relação de trabalho entre os servidores públicos de Jundiaí e o município. A Unidade de Gestão de Educação (UGE) informou ainda que o parecer negativo para a solicitação da servidora nesta ocasião também foi acompanhado pelo Poder Judiciário em ocasião anterior.
Géssica relatou que em Itupeva, onde também atua como professora na rede municipal, ela consegue a liberação para a disputa dos campeonatos.
Apoiadores
A atleta é patrocinada: Semorin, Hopi Hari, Cerpoll e Uninter.
Redação 04 de Agosto de 2024