Histórico: Itupeva celebra os 50 Anos do Hip Hop no palco do cineteatro
Histórico: Itupeva celebra os 50 Anos do Hip Hop no palco do cineteatro
Na cidade de Nova York, o ano de 1973 testemunhou o nascimento de uma revolução cultural que viria a definir gerações futuras - o Hip Hop. Cinco décadas depois, estamos imersos em uma celebração marcante desse fenômeno que transcendeu fronteiras e se tornou um poderoso veículo de expressão para comunidades marginalizadas. E Itupeva, não deixa por menos, realizou um super evento, não pela grandiosidade ou por um grande público, mas pelo marco histórico da inédita realização do evento, sair das periferias e praças e ocupar o palco do cineteatro da cidade e, principalmente, por entender a importância da inclusão social e cultural dos jovens adeptos da cultura hip hop.
O Hip Hop que emergiu das ruas do Bronx, impulsionado pela criatividade e resiliência de jovens talentosos, conhecido por seus quatro elementos fundamentais - o MCing (rap), o DJing (discotecagem), o breaking (dança) e o graffiti (arte visual) - rapidamente conquistou corações e mentes. Na nossa “pequena city cascata pequena” o hip hop emerge nas mentes brilhantes das nossas meninas e meninos pretos, pobre e periféricos que, aos poucos, ocupam as praças, os palcos, as escolas, ruas da periferia e centro. E vão se tornando o centro: centro de suas próprias aspirações, legítimas, de inclusão social e de participação pública popular; centro de cidadania, conscientes de seus direitos de inclusão, educação e cultura, saúde e (claro, acompanhados de seus deveres), historicamente negados por uma sociedade hipócrita, preconceituosa e discriminatória; centro de suas consciências, empoderamento e ativismo social, no uso de sua arte abordando questões sociais e políticas com letras profundas que exploram temas como desigualdade, injustiça e resistência, dando voz às comunidades e segmentos historicamente silenciadas, quando não avacalhados; centro de suas criatividades poéticas nas letras, em seus discursos, em suas danças, em seus grafites, em suas músicas, em suas vidas que germinam como flores que deixam nossas vidas mais belas, mais cheias de esperança de que a vida vale a pena e que a sociedade pode ser melhor, bem melhor, por eles e para eles, para nós e por todos nós.
Por Eri Campos
Redação 21 de Dezembro de 2023