Igreja Matriz de Salto de Pirapora está interditada com risco de desabar
Interditada e com risco de desabar, Igreja Matriz de Salto de Pirapora não celebra missas, casamentos e batizados há dois anos
Trincas e rachaduras são visíveis tanto na parte interna, quanto na parte externa da igreja, que tem mais de 70 anos. Origem do problema estaria na rede de distribuição de água da Sabesp; caso é discutido na Justiça.
As rachaduras são visíveis tanto na parte interna, quanto na parte externa da igreja, que tem mais de 70 anos. Obras importantes do altar estão comprometidas. Nem a Capela do Santíssimo ficou imune às trincas, que afetaram também a casa paroquial, o auditório e até as salas onde eram realizadas catequeses. Com isso, a matriz de Salto de Pirapora deixou de realizar eventos como batizados, casamentos e as tradicionais missas. Os encontros foram transferidos para as 13 paróquias espalhadas pelo município.
O problema está estampado na porta principal da igreja, onde há uma placa que fala sobre o fechamento da igreja - inclusive, ela menciona que a responsabilidade do caso é da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
"Prédio da Igreja Matriz fechado desde janeiro de 2022. Causa: vazamento águas Sabesp. Processo no Ministério Público", diz a mensagem.
A origem do problema estaria na rede de distribuição de água da Sabesp, que fica em um boulevard ao lado da igreja, cerca de sete metros abaixo do calçamento, que passa pela região da igreja. A Prefeitura de Salto de Pirapora lembra que o imóvel detém significativo valor histórico no município, relevância turística e paisagística, mas que o risco de desabamento coloca em risco a segurança da coletividade e pode ocasionar inúmeros prejuízos aos moradores e comerciantes vizinhos. "A Sabesp já reconheceu que causou o dano na igreja e, agora, a prefeitura aguarda decisão judicial para que a Sabesp elimine os riscos, com essas obras de contenção, e, depois, as obras de reforma", afirma Taís Albuquerque Souza, engenheira civil da Prefeitura de Salto de Pirapora. Em nota, a Sabesp informou que ainda não houve um acordo sobre valores e que o assunto tramita na esfera judicial. "Independentemente dessa tramitação, a companhia segue aberta a tratativas que possam levar a um acordo para o caso", garante.
Por G1