Polícia

Segundo o Gaeco, a organização criminosa, policiais civis, guardas e advogados de Indaiatuba, estorquiam comerciantes

  • Home
  • Notícias da Região
Indaiatuba: delegado, policiais e guardas de Indaiatuba são presos
Indaiatuba: delegado, policiais e guardas de Indaiatuba são presos Foto: Divulgação

Indaiatuba: delegado, policiais e guardas de Indaiatuba são presos

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público (MP), realizou, na manhã desta terça-feira (26), uma operação contra policiais civis e guardas municipais em Indaiatuba O delegado titular do 1º Distrito Policial, José Clésio Silva de Oliveira Filho, foi preso, segundo o Ministério Público.

De acordo com o Gaeco, os crimes investigados são extorsão, corrupção e organização criminosa. No total, foram cumpridos, em Indaiatuba e Itu 17 mandados e busca e apreensão, além de 13 de prisão temporária.

Os endereços são ligados a policiais civis, guarda municipais e também advogados. Três funcionários comissionados da Prefeitura de Indaiatuba também foram detidosVeja quem são os presos:

  • Delegado titular do 1º DP de Indaiatuba
  • Dois investigadores (uma mulher na casa dela em Itu)
  • Um escrivão
  • Dois guardas municipais
  • Três advogados
  • Três funcionários comissionados de Indaiatuba

O Ministério Público ainda afirmou que a residência do delegado e também a sede do 1º Distrito Policial de Indaiatuba foram alvos de busca e apreensão.

Os policiais civis presos foram levados para a corregedoria da Polícia Civil em Campinas e os demais para o 1º DP de Indaiatuba. Foram apreendidas armas, dinheiro e documentos.

Quais eram os crimes?

Segundo o Gaeco, a organização criminosa, formada pelos policiais civis, guardas e advogados de Indaiatuba, invadia estabelecimentos comerciais e extorquia empresários.

O grupo forjava boletins de ocorrência, inquéritos e relatórios de investigação para sustentar exigência de pagamentos como preço de "resgate" de eventuais prisões decretadas ou garantias de não investigação.

Ainda de acordo com o MP, "mais de uma dezena de empresários" foram vitimas de extorsão no período de um ano. Pelo menos 15 promotores de Justiça, 10 servidores do Ministério Público, 94 policiais militares e 19 policiais civis participaram da operação.

O Ministério Público solicitou o bloqueio de valores e sequestro de bens que giram em torno de R$ 10 milhões.

A operação recebeu o nome de "Chicago", que remete à cidade americana dos anos 20 e 30, quando gangsters governavam a cidade "à base de violência, desprezando a lei e criando fortunas com os crimes".


Redação 27 de Março de 2024