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Suposto caso de agressão a aluno acende sinal vermelho na educação de Itupeva

Pais ficaram indignados com as cenas; professores relatam falta de condições de trabalho

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Suposto caso de agressão a aluno acende sinal vermelho na educação de Itupeva
Itupevense faz vídeo flagrando suposto caso de agressão na EMEFEI Mário Covas Foto: Reprodução das redes sociais

Suposto caso de agressão a aluno acende sinal vermelho na educação de Itupeva

Um vídeo feito por Camily Souza, moradora de Itupeva, postado nesta sexta-feira (23), invadiu as redes sociais de muitos de itupevenses. No vídeo, uma provável funcionária da EMEFEI Mário Covas, na Vila Independência, estaria agindo de forma ofensiva com um aluno da unidade escolar.

No vídeo, é possível ver a profissional, aparentemente, intimidando o aluno, se aproximando dele, pegando-o pelo braço e falando perto do ouvido dele.

A situação dos professores em Itupeva

Em apuração feita pela equipe de reportagem do Olhar de Itupeva, com professores da rede municipal de ensino — que preferiram não se identificar, a funcionária gravada no vídeo seria uma professora que, atualmente, enfrenta os mesmos desafios que uma série de outras professoras da rede municipal.

Segundo os depoimentos, algumas salas de aula estão cada vez mais cheias, chegando a ter 30 crianças por sala. Se a quantidade de alunos aumentou para os profissionais, o auxílio às suas atividades diminuiu. Atualmente, há falta de professores auxiliares nas salas, além dos profissionais de AEE (Atendimento Educacional Especializado), que possuem formação específica na área da educação especial, com o objetivo de atender às necessidades educativas individuais de estudantes com deficiência, transtornos do espectro autista (TEA) ou altas habilidades/superdotação.
Com isso, de acordo com os relatos dados à nossa equipe de reportagem, os professores estão sobrecarregados e, atualmente, se sentem desamparados pela Secretaria Municipal de Educação, o que tem provocado adoecimento e desestímulo à classe.

Reação dos pais com as imagens
Itupevenses que têm filhos matriculados na rede municipal de ensino na cidade reagiram ao vídeo nas redes sociais.

“Eu fico INDIGNADA com essas pessoas que escolhem trabalhar com criança e ficam tratando as crianças mal, como se elas não tivessem alguém que as defendesse. Tem que mostrar o rosto! Se a justiça não serve pra fazer justiça, a população faz. ISSO TEM QUE ACABAR, ninguém tem paz em deixar o próprio filho em uma escola????”, desabafou Larissa Meirella.

Juliana Rosa fala sobre a reação corporal da “funcionária” e da criança intimidada no vídeo: “Até a forma que ela já vai se dirigindo a ele explica muita coisa. Ele parece recuar com medo, parece se sentir ameaçado. Imagina como fica a cabecinha dele. Meu Deus, é nesse ambiente que nossos filhos estão se desenvolvendo? Isso precisa ser apurado com muita atenção. Não está capacitada para a função, por que está ali?”

Riscos à profissional
O caso tomou tal dimensão que várias mães se posicionaram nas redes sociais dizendo que “perderiam seu réu primário” e que deveriam se juntar para esperar a mulher na “saída”.

A Prefeitura se cala

Diante do vídeo e da apuração realizada pelo Olhar de Itupeva, a nossa equipe de reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Itupeva, pedindo um posicionamento oficial do poder público em relação ao vídeo e à situação relatada por profissionais da educação ao Olhar.


O que foi apurado pela secretaria municipal de Educação até o momento e quais as penalidades à profissional, caso seja comprovado que ela tenha tido uma conduta inadequada ao seu cargo? Até o fechamento deste texto, a Prefeitura de Itupeva não se manifestou sobre o caso.


Redação 24 de Maio de 2025