CRIME BÁRBARO

São Paulo: Mãe teria confessado o crime bárbaro contra a filha de 8 anos, cujo corpo foi esquartejado e guardado em geladeira

Mãe teria matado filha e escondido corpo em geladeira
Mãe teria matado filha e escondido corpo em geladeira Foto: Divulgação

Mãe teria matado filha e escondido corpo em geladeira


Um crime bárbaro. Em São Paulo, uma mulher de 30 anos foi presa na zona leste após o corpo da filha, que tinha 8 anos, ser encontrado esquartejado dentro da geladeira da casa. A mãe teria confessado o crime à polícia na tarde desse sábado (26/8).

Os policiais militares chegaram ao bairro Aracati, na zona sul, após terem sido informados, por testemunhas, que o corpo de uma criança havia sido encontrado dentro de uma geladeira. Eles apontaram a suspeita do crime. Os PMs não a encontraram em casa, já que a mulher tinha saído para outro bairro, também na zona leste, para conversar com um ex-companheiro dela.

Os PMs a acharam no local informado, enquanto ela discutia com o homem. De acordo com reportagem do G1, ao ver os policiais, a mulher teria dito: “Não fui eu”. No entanto, não havia sido questionada sobre o crime.

Levada à delegacia, ela teria confessado o crime com frieza. A mulher alegou, a princípio, que havia conhecido homens por meio de aplicativos de relacionamento. Durante um desses encontros, teriam usado drogas e dormido, de acordo com a versão da suspeita. Depois, ela conta que acordou, viu a filha morta e “não soube o que fazer”, momento em que teria decidido colocar o corpo da criança na geladeira, há aproximadamente um mês.

Na segunda versão, revelou que, entre os dias 8 e 9, usou drogas e “decidiu matar a filha por não aceitar a separação com o pai dela”. O crime teria ocorrido de madrugada. Segundo a mulher, a criança estava no banheiro escovando os dentes quando foi atacada por ela com uma faca e não resistiu ao ferimento.

O corpo foi esquartejado horas depois, ainda de acordo com a suspeita. A mulher mudou de endereço, mas, segundo testemunhas que ajudaram na mudança, a geladeira estava pesada, embalada com um lençol e foi preciso ao menos quatro pessoas para o transporte do eletrodoméstico, situação que chamou a atenção do atual namorado e da sogra dela.

Nesse sábado, a mulher deixou a chave de casa com a família do namorado e foi até a zona leste para falar com o ex-marido. A sogra dela suspeitava de armas ou drogas escondidas na geladeira e decidiu abri-la, mas encontrou o corpo da menina.

A mulher tem outros dois filhos, que foram entregues ao Conselho Tutelar. Ela vai responder por ocultação de cadáver e homicídio contra menor de 14 anos, com pelo menos duas qualificadoras – motivo fútil e sem chance de defesa da vítima.

Segundo os psicólogos existem várias possíveis razões pelas quais uma mãe pode matar seu próprio filho, embora seja importante ressaltar que esses casos são raros e estão associados a patologias mentais graves. Alguns possíveis fatores que podem contribuir para esse comportamento incluem:

Transtornos mentais: Algumas mães podem sofrer de transtornos mentais não tratados, como psicose pós-parto, esquizofrenia, depressão grave ou transtorno de personalidade borderline, que podem levar a pensamentos e comportamentos violentos.

Estresse extremo: Situações de estresse intenso, como abuso, negligência, pobreza extrema, isolamento social, violência doméstica ou problemas conjugais podem sobrecarregar uma mãe e levá-la a agir de maneira impulsiva e violenta.

Abuso de substâncias: O uso de drogas ilícitas ou abuso de medicamentos psicotrópicos pode alterar o estado mental de uma mãe, levando-a a ter pensamentos e comportamentos violentos.

Influência de outros: Em alguns casos, a mãe pode ser pressionada ou coagida por outra pessoa, como um parceiro abusivo ou membro da família, a cometer um ato tão grave.

Histórico de abuso infantil: Mães que experimentaram abuso ou negligência na infância podem, infelizmente, reproduzir esses padrões e repetir a violência contra seus próprios filhos.

Psicopatologia: Em casos raros, uma mãe pode ter uma personalidade psicopática, caracterizada pela falta de empatia e remorso, o que pode levá-la a cometer atos violentos, independentemente do relacionamento com seus próprios filhos.

É importante ressaltar que essas razões não justificam, de forma alguma, o assassinato de um filho. O homicídio infantil é um crime grave e deve ser tratado como tal pelas autoridades competentes, buscando-se também compreender as razões subjacentes a fim de prevenir futuras ocorrências.

Redação 01 de Setembro de 2023