Morador diz ter sido intimidado em mais um dia de caos no Hospital de Itupeva
Nesta segunda-feira (24), mais uma série de fatos ocorridos no Hospital Nossa Senhora Aparecida, escancara a atual situação de caos na saúde de Itupeva. Relatos de maus tratos, intimidação aos usuários do Sistema Único de Saúde e desdém aos cidadãos.
"Hoje não podemos nem reclamar e pedir uma melhora no atendimento que somos intimidados, nunca vi uma situação dessa, está pior que na gestão do Marcão” disse o morador a página “A Voz da Região”, que relatou que o questionamento veio após 7 horas da entrada de espera.
Este não foi um caso isolado, outro munícipe que esteve no Hospital e viu a recepcionista do local e outro segurança intimidando uma paciente que também questionou a demora no atendimento.
“Eu encontrei uma senhora que deve ter entre 60 e 70 anos, que recebeu medicação forte e foi liberada e nenhum funcionário a acompanhou. Ela acabou caindo na rampa que liga o local a rua. Eu e outra pessoa a ajudamos e a levamos para dentro do Hospital” relatou o mesmo munícipe.
A equipe de reportagem do Olhar de Itupeva tentou entrar em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura, questionando o fato e pedindo uma posição oficial do executivo. Até o fechamento deste texto, não obtivemos resposta.
Outros casos
Recentemente o Olhar de Itupeva vem relatando uma série de casos, como o de Lari Ferreira, que após sofrer com a demora no atendimento viu um profissional da saúde debochar de seu filho.
“O bonito do médico vir falar mais não tem convênio? O convênio não fez nada? Espera aí meu camarada! Eu estou passando meu filho porque ele não está bem, não estou passeando”, reclamou a moradora, que após três horas de espera, foi informada que a máquina que libera o exame de sangue estava quebrada.
Vic Lima também compartilhou da mesma indignação vida por Lari Ferreira. Ela contou que seu filho também foi alvo de deboche da equipe médica do Hospital de Itupeva.
“Debocharam da minha cara com meu filho engasgado. O médico deu risada da situação. Peguei o nome dele, passei para o pessoal. Foram ao Hospital a secretária de Saúde, uma Vereadora. Assim que eles saíram, o médico começou novamente a rir, só que agora com outras funcionárias e disse que aquilo não daria em nada.”
Medicação errada
Felipe Alves Silva relatou a equipe de reportagem do Olhar de Itupeva que foi alvo de um erro após oito horas de espera no Hospital.
“Foi o tempo de eu pegar e arrancar o acesso com a medicação do meu braço. Infelizmente as pessoas nos taxam de perseguidores do governo toda vez que reclamamos de algo, mas não é perseguição, estamos falando de vida, eu sou alérgico a vários medicamentos. Eu poderia ter morrido” disse Felipe, que por engano quase recebeu medicação errada na veia.
Mortes de maio
A morte de Emerson Teixeira de Souza, o Bola, de 27 anos, na madrugada do dia 8 de maio, no Hospital São Vicente, em Jundiaí vítima de um coágulo na cabeça, indignou os familiares da vítima, que acreditam que a demora para a realização do exame de tomografia, cerca de cinco horas, colaborou para o agravamento da situação de Bola.
Em nota, a prefeitura disse que os procedimentos adotados no caso em questão foram adequados e que não procede à informação sobre suposta demora no atendimento.
Outro caso que culminou em morte, foi de um recém-nascido, de apenas três dias de vida, que veio a óbito no Hospital de Itupeva no dia 13. Segundo uma fonte do olhar de Itupeva, a médica que examinou a criança disse que “os recém-nascidos são preguiçosos e que estaria tudo bem com a criança”.
Pouco tempo após essa avaliação, a bebê teria começado a ficar com a pele roxa. Por volta das 21h a equipe médica do Hospital, teria tentado reanimar a criança que, infelizmente sem sucesso, veio a óbito.
Na ocasião, nossa redação tentou entrar em contato com o executivo, questionando o fato e solicitando um posicionamento do executivo, mas a prefeitura se calou diante do caso.
Redação 25 de Junho de 2024