Desigualdade

Quase metade da riqueza do país (48,4%) está nas mãos de apenas 1% da população, Índia (41%) e Estados Unidos (34,3%)

No mundo, Brasil é o primeiro lugar em concentração de renda
Um com muito muitos com pouco, revela o ranking Foto: Reprodução

No mundo, Brasil é o primeiro lugar em concentração de renda

Mais uma vez, o Brasil ocupa a primeira posição no ranking de concentração de renda e riquezas. De acordo com o relatório Global Wealth Report 2023, lançado recentemente pelo banco suíço UBS, quase metade da riqueza do país (48,4%) está nas mãos de apenas 1% da população. Índia (41%); Estados Unidos (34,3%); China (31,1%); e Alemanha (30%) também estão no topo do lista.

O estudo analisou o patrimônio familiar de 5,4 bilhões de pessoas em todo o mundo. A desigualdade caiu levemente em 2022. A participação da riqueza do 1% mais rico recuou de 45,6%, em 2021, para 44,5% no ano passado. O Brasil acompanhou esse movimento, com redução equivalente. Em 2021, o 1% detinha 49,3% da renda nacional.

A campanha Tributar os Super-Ricos lamentou a liderança do Brasil no que chamou de “ranking da vergonha”, enquanto mais da metade (58,7%) da população brasileira convive com a insegurança alimentar em algum grau: leve, moderado ou grave.

Assim, para as mais de 70 organizações sociais, entidades e sindicatos que compõem a campanha, os índices alarmantes de concentração de renda no país ressaltam a urgência em medidas que caminhem no sentido de mais justiça fiscal. “Os super-ricos no Brasil praticamente não pagam impostos ou são isentos, enquanto o restante da população paga a conta da desigualdade”.

Redação 23 de Novembro de 2023