Passageira diz que motorista teria dado atenção o celular na hora do acidente

O acidente ocorrido às 12h10 desta sexta-feira (3), no qual, um ônibus intermunicipal, da Rápido Luxo, da linha Jundiaí-Itupeva/via Independência, que colidiu com um poste na avenida Nelson Gulla, sentido Nova Monte Serrat, deixou uma passageira ferida, com a costela fraturada, poderia ter sido pior, pelo menos é o que relatou à equipe de reportagem do Olhar de Itupeva, Sheila Baptista Rosa, que estava com seu filho, que tem espectro autista, dentro do ônibus no momento do acidente.

Ela fez graves ponderações, na qual, coloca em xeque a versão oficial da empresa Rápido Luxo Campinas, que disse em nota que o motorista, Francisco Rodrigues da Costa,  teve um mal súbito, o que teria causado o acidente.

“O motorista veio, em alguns trechos, a mais de 100 quilômetros por hora; disse que passou mal, é mentira. Ele não passou mal. O celular dele tocou”, relatou Sheila, que estava voltando de Jundiaí para sua casa, em Itupeva.

“Quando eu vi o poste cada vez mais próximo do ônibus, eu dei um grito, mas não dava mais tempo de nada. Ele não conseguiu desviar, ninguém fechou o ônibus. Ele não teve nada, porque assim que bateu, ele levantou do banco” continuou a moradora, que disse que o motorista gritou com ela após a colisão:

“Ele dando risada olhou para mim gritando, dizendo ‘oh, para de gritar aí, que está todo mundo vivo.”

Segundo os relatos, o cabeamento elétrico caiu dentro o ônibus e o motorista não pediu para que os passageiros se protegerem subindo nos bancos. Quando a Polícia Militar (PM) chegou ao local, Sheila já havia ido embora com seus dois filhos, um de 09 e outro de 11 anos.

O outro lado

Nas redes sociais, Francisco Rodrigues da Costa, divulgou um vídeo dizendo que ele está bem e relatando que pediu aos passageiros que não saíssem do ônibus, pelo risco de eles serem eletrocutados.

A nossa equipe de reportagem, o motorista disse que “até na hora da doença tem pessoas que não tem respeito com o próximo”. Ele negou que estava no celular “o ônibus é cheio de câmeras, no momento do acidente o meu celular estava no bolso.”

Ao ser questionado se ele teria passado por atendimento médico após o acidente para que fosse diagnosticado os prováveis motivos do mal súbito, não respondeu mais. Até o fechamento da matéria, também não apresentou comprovação de onde teria sido atendido e exames médicos, o que provaria o que disse em rede social.

A Rápido Luxo, responsável pelo transporte intermunicipal na Região Metropolitana de Jundiaí (RMJ), disse que teria imagens de dentro do ônibus que comprovariam que seu funcionário não estaria ao celular no momento do acidente, e que teria os relatórios de que o veículo estaria abaixo da velocidade máxima do trecho percorrido (No entanto, não encaminhou imagens e o relatório do tacógrafo, à redação. Para empresa, seria  da passageira e de outros passageiros, apresentarem provas sobre os fatos denunciados ao Olhar Itupeva.

O Olhar de Itupeva pediu a empresa as imagens e os relatórios para ser realizada a divulgação, mas até o fechamento desta matéria não recebemos resposta.

A vítima ferida no acidente foi atendida no Hospital São Vicente, em Jundiaí, onde foi constatado que ela fraturou a costela.

A empresa, até o fechamento, também não prestou solidariedade às vítimas e nem informou se arcará com eventuais custos médicos e medicamentos.