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Após ser deixada para eutanásia, cadelinha 'PCD' é adotada por veterinária e ganha perfil nas redes sociais

Petinfluencer, (@kira.de.rodinhas), compartilha, orienta e troca experiências
Petinfluencer, (@kira.de.rodinhas), compartilha, orienta e troca experiências Foto: Divulgação

Petinfluencer, (@kira.de.rodinhas), compartilha, orienta e troca experiências

Quem vê Kira por aí correndo, se divertindo e interagindo com humanos ou amigos pets não imagina tudo o que ela já passou. A cadelinha de Sorocaba, que hoje tem seis anos, quase foi sacrificada, mas a veterinária Natalia Caroline Nalesso Castro, atual tutora dela, nunca permitiu que isso acontecesse: o amor venceu a eutanásia.

"Eu não compartilho muito essa parte, mas, quando eu adotei, era porque ela já começou com alguns problemas para andar, e era uma família que não tinha condições de cuidar. Eles iam fazer eutanásia. Então, acabei adotando ela. Mas, desde então, ela melhorou, voltou a andar com uma certa dificuldade, mas acabou melhorando", diz Natalia, em entrevista ao g1.

Entretanto, Kira ficou um ano e meio bem, até que teve um novo episódio de hérnia de disco. "Ela começou a trançar as perninhas, ter dor. Era um final de semana, e, na época, a gente não tinha tomografia aqui em Sorocaba. Era só ressonância em São Paulo. Ela foi para a ressonância e detectou que era hérnia de disco. No mesmo dia, ela já foi para cirurgia", conta.

Só que foi uma hérnia muito grave. Então, a medula de Kira ficou degenerada. "Foi feita a cirurgia para aliviar a dor, mas a gente já sabia que ela não ia voltar a andar, porque ela começou a ter uma degeneração na medula, que a gente chama de mielomalácia. E, nesses casos, quase 100% dos animais morrem. A gente tentou uma técnica, um estudo que tinha saído, e deu certo", lembra.


'Pet influencer'

Hoje em dia, Kira vive bem, e conforme a "mãe da pet", tem qualidade de vida. Por isso, ela, agora, também está nas redes sociais. "A gente quer começar esse Instagram dela para compartilhar as alternativas, o que a gente fez e deu certo. Porque, mesmo sendo veterinária, são coisas que a gente não aprende em faculdade, em pós, em mestrado", comenta.


Na página da Kira (@kira.de.rodinhas), como a ideia é compartilhar, orientar e trocar experiências, ela mostra em seus conteúdos a rotina, os cuidados, os períodos de internação e até a interação com seus irmãos pets. Ah, as viagens e aventuras também são postadas, inclusive com fotos.

A ideia também é conscientizar e mostrar outros caminhos. "Não é fácil cuidar de um pet paraplégico. Os custos são altos, manter fisio, manter todos os cuidados. Não é um mundo de mil maravilhas, mas é possível. Então, quero trazer essa ideia para as pessoas, assim, não pensarem na eutanásia como a única opção."


E todo esse trabalho, claro, tem uma recompensa. "A gente percebe que ela tem uma conexão muito maior com a gente. Nossa, a gente vai sair de casa, ela faz uma cara de triste. Em todos os lugares ela quer estar com a gente. A gente vê, sim, e acredito que seja uma forma de gratidão, mas que a nossa conexão, tanto comigo e com meu marido, aumentou muito sim, porque ela é muito mais próxima hoje e quer estar com a gente mais do que antes."

Fonte G1 

Redação 15 de Outubro de 2023