Legislação

A nova lei inclui diretrizes sobre atuação política, formação e disputa de cargos eletivos

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Policiais estão proibidos de se filiarem a partido político ou sindicato
Policiais estão proibidos de se filiarem a partido político ou sindicato Foto: Divulgação

Policiais estão proibidos de se filiarem a partido político ou sindicato

Senado aprova Lei Orgânica das polícias militares e bombeiros com regras para atuação política

Proposta que segue para sanção unifica em nível nacional normas básicas para corporações. Texto inclui diretrizes sobre atuação política, formação e disputa de cargos eletivos

A aprovação aconteceu nesta terça-feira (7), Lei Orgânica das Polícias e Bombeiros Militares. O texto organiza e unifica, em nível nacional, as regras aplicadas para essas categorias.


O projeto segue para sanção do presidente  Luiz Inácio Lula da Silva.


A lei assegura que o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar (PM) têm "caráter estadual" e são subordinados ao governador de cada unidade federativa. Entre as novas normas, está a proibição de "divulgar imagens de pessoas sob a custódia da polícia sem autorização judicial".


Atividade política

O projeto aprovado pelo Senado explicita a proibição de policiais e bombeiros de:

  • se filiarem a partido político ou sindicato. Esta proibição é prevista pela Constituição, no caso de membros das Forças Armadas. A lei estende para PMs e bombeiros;
  • comparecerem armados ou fardados em evento político-partidário, a não ser que estejam trabalhando;
  • divulgarem opinião político-partidária, publicamente ou pelas redes sociais, utilizando farda, patente, graduação ou símbolo da instituição.

A proposta que vai para sanção estabelece regras para o militar que quiser se candidatar a um cargo eletivo que variam de acordo com o tempo de carreira.

Caso tenha menos de 10 anos de serviço, o policial será afastado do serviço ativo no dia seguinte ao registro de sua candidatura na Justiça Eleitoral.

Já o militar com mais de 10 anos de serviço passa para a reserva remunerada apenas se eleito, no dia da sua diplomação, com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

Bacharelado em direito

A lei aprovada pelo Congresso também exige que os policiais militares que assumirem funções de comando, chefia, direção e administração superior na instituição (chamados de "Quadro de Oficiais de Estado Maior") tenham bacharelado em Direito.

No caso dos bombeiros, também é exigida alguma graduação, mas os estados podem definir outras áreas além do Direito.


A proposta aprovada reserva, no mínimo, 20% as vagas nos concursos públicos para as candidatas do sexo feminino.


Fonte G1 






Redação 08 de Novembro de 2023