Projeto Retaguarda é mais um alvo de retaliação do governo em Itupeva
Projetos e ações das áreas de esporte e cultura que impactam diretamente centenas de crianças, jovens e adultos em Itupeva, estão sendo afetados pela falta de compreensão e compromisso social com os que mais precisam.
Desde o início do governo, a atual gestão coleciona polêmicas, a da vez é com o Projeto Retaguarda que disponibiliza a prática do jiu-jitsu nas escolas da cidade.
Segundo a nota emitida pela equipe que comanda o Projeto, eles foram informados por “terceiros” de que o projeto não existe mais sem ser informado se acabou ou se está suspenso. O motivo alegado, nos bastidores, seria a idealizadora do Projeto, Géssica Rinaldi, vice-campeã mundial da modalidade nos anos de 2022 e 2024, que é pré-candidata a vereadora.
Nas redes sociais, uma aluna do projeto, demonstrou sua indignação com a decisão da prefeitura. "Tiveram outros dois prefeitos que passaram pela cidade e que não tiraram o Projeto. Veio esse aí e tirou”, disse a adolescente, que ainda destacou:
“A professora Géssica se afastou (das aulas) pela política. Quem daria aula para nós, depois das férias, era o Igor, mas o prefeito achou melhor tirar o Projeto. O Projeto que não foi ele quem construiu, que não ajudou em nada”.
O projeto Retaguarda existe há 2 anos e já passou por 3 gestões. Criado coletivamente, atuava em 4 secretarias e segundo a própria idealizadora, deveria e poderia continuar. Segundo nota emitida pelo Projeto, atualmente eles atendiam mais de 500 crianças, jovens e as mulheres. As aulas eram realizadas em aulas semanais, em sete escolas municipais e três estaduais.
Outra ação mal explicada, também na área de esportes e cultura, 'pegou mal' com os Itupevenses, a exoneração do professor de educação física Glauco, responsável por aulas de ginástica funcional e futsal para crianças de 10 a 14 anos. A decisão impactou diretamente mais de 200 alunos que participavam do projeto nos bairros Independência e Nova Monte Serrat.
NOTA OFICIAL DO PROJETO RETAGUARDA
Nós, da equipe do projeto retaguarda, informamos de que na data de hoje recebemos a notícia, por terceiros, que em uma reunião com diretores de escola, a secretaria de educação, junto com a gestão municipal decidiu por suspender as aulas do Projeto Retaguarda que retornariam na próxima semana junto com o retorno do recesso escolar.
Os motivos informados tratam do afastamento da professora e servidora Gessica para concorrer as eleições e que pelo projeto ser de sua “autoria” não poderia continuar nesse período. Em nota, apontamos nosso sincero descontentamento e pedido de reconsideração dessa decisão uma vez que o projeto Retaguarda que já existe há 02 anos e passou por 3 gestões, foi criado coletivamente inclusive como um projeto intersetorial entre 4 secretarias que decidiram colaborativamente sobre o seu nome, logotipo e profissionais, inclusive com outros afastamentos da servidora nunca houve suspensão. Deixamos em prontidão pessoas capacitadas e planos de aula para que as mais de 500 crianças, jovens e as mulheres que são contemplados com aulas semanais em 7 escolas municipais, 3 estaduais e dois centros esportivos, não fossem prejudicadas pelo afastamento da servidora até o seu retorno. Com indignação e respeito pedimos a reconsideração da decisão em prol dos munícipes, das crianças, pais e apoiadores reiterando os objetivos do programa que nasceu e subsiste com os objetivos de melhoria da qualidade da educação, saúde, esporte, cultura e inclusive de segurança pública dos munícipes, com comprovação e divulgação de resultados sérios e sólidos nas famílias e que o projeto pertence não a uma pessoa ou interesse político, mas à cidade de Itupeva.
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A equipe de reportagem do Olhar de Itupeva tentou entrar em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura, questionando sobre o Projeto Retaguarda e o que será feito para dar continuidade ao atendimento dos mais de 500 alunos. Até o fechamento deste texto não houve resposta.
Redação 23 de Julho de 2024