Esquecido na Van

Casal responsável pelo transporte escolar é investigado por homicídio doloso após a morte de Apollo Gabriel, de 2 anos

"Tratou a criança como se fosse um saco de batata", diz delegado Foto: Divulgação

"Tratou a criança como se fosse um saco de batata", diz delegado

São Paulo – Responsável por investigar a morte de Apollo Gabriel, de 2 anos, o delegado Fernando Barbosa Bocci afirma que o casal que esqueceu o menino dentro da van escolar, na capital paulista, tratou a criança “como se fosse um saco de batata”.

A alegação foi usada pelo delegado do 73º Distrito Policial (Jaçanã), que instaurou o inquérito, para pedir a prisão preventiva do motorista Flávio Robson Benes, de 45 anos, e sua assistente, Luciana Coelho Graft, de 44, por homicídio com dolo eventual. Esse crime acontece quando os autores assumem o risco de causar a morte da vítima.

Apollo Gabriel morreu após ficar seis horas trancado na van escolar, em um estacionamento na Vila Mariana, na zona norte de São Paulo, na terça-feira (14/11). Na ocasião, a capital paulista registrava onda de calor e altas temperaturas.

“Não se pode conceber que os dois indiciados quedem-se inerte da nobre função de guardiãs das crianças que transportam, esquecendo a pequena vítima, com apenas 2 anos de idade, dentro de um veículo, como se fosse um saco de batata e ou algum produto. É um ser humano ao qual assumiram o sacerdócio de cuidar da vítima, nesse transporte escolar de sua casa até a escola”, escreveu o delegado.

Redação 19 de Novembro de 2023