Tráfico internacional de bebês

um bebê recém-nascido que havia sido abandonado pela mãe na Santa Casa da cidade; foi registrado em nome do homem

Valinhos: um português suspeito de participar de tráfico de bebês
Português foi preso em Valinhos e levado à Delegacia da Polícia Federal em Campinas — Foto: Polícia Federal/Divulgação Foto: Divulgação

Valinhos: um português suspeito de participar de tráfico de bebês

A Polícia Federal prendeu, na manhã desta segunda-feira (4), em Valinhos, um português suspeito de participar de um esquema de tráfico internacional de bebês. Além do mandado de prisão preventiva, a operação cumpriu outros cinco de busca pessoal e busca e apreensão, sendo três em Itatiba.


Entenda, abaixo, como foi feita a investigação: No dia 30 de novembro, a promotoria de Valinhos informou a Polícia Federal sobre um bebê recém-nascido que havia sido abandonado pela mãe na Santa Casa da cidade;


O bebê, que ainda está no hospital, foi registrado como filho de um homem com nacionalidade portuguesa;


Os policiais apuraram que, em menos de um mês, o mesmo homem havia registrado outra recém-nascida como filha no mesmo hospital;


Os registros de paternidade aconteceram por meio de documentos falsos, em juízos diferentes, e eram acompanhados de pedidos de guarda unilateral dos bebês, o que permitiria que o homem saísse do país sem a autorização da mãe.


Investigação internacional


Diante das suspeitas, a alta hospitalar do bebê foi adiada e a Polícia Federal iniciou uma série de diligências com o apoio do Ministério Público do Estado de São Paulo, Ministério Público Federal, Justiça Federal e equipe médica da Santa Casa.


No exterior, a Adidância da Polícia Federal em Portugal foi acionada para auxiliar nas investigações e tentar localizar a recém-nascida que já havia sido levada para a Europa.


Ainda de acordo com a Polícia Federal, os envolvidos poderão responder por tráfico internacional de crianças, registro falso, promoção de ato destinado ao envio de criança ou adolescente para o exterior com inobservância das formalidades legais ou com o fito de obter lucro, entre outros delitos. A pena pode ultrapassar 18 anos.


Fonte G1 

Redação 04 de Dezembro de 2023